O tour virtual pelo Egito permite que pessoas do mundo todo explorem esse berço das civilizações antigas sem sair de casa. Com a pandemia de COVID-19, o turismo egípcio foi fortemente afetado, levando o governo a lançar a campanha "#ExperienceEgyptFromHome".
Agora, é possível visitar templos, tumbas e pirâmides milenares por meio de passeios virtuais em 360 graus com alta qualidade e imersão.
Iniciativas como o projeto Gizé 3D da Universidade Harvard recriaram digitalmente locais como a Grande Pirâmide, a tumba da Rainha Meresankh III e a Pirâmide de Djoser. Uma jornada fascinante pelos segredos do Egito — direto da sua tela.
As maravilhas arquitetônicas do Egito Antigo ganham vida através de tecnologias que permitem explorar seus detalhes mais íntimos. Os tours virtuais oferecem uma oportunidade única de conhecer essas construções milenares com profundidade surpreendente.
A Grande Pirâmide de Quéops, localizada no Planalto de Gizé, foi construída por volta de 2550 a.C. como túmulo para o faraó Quéops.
Com impressionantes 145 metros de altura, ela manteve o título de estrutura mais alta feita pelo homem por quase 3.800 anos, perdendo o posto apenas no século XIX para a Torre Eiffel.
Este monumento, a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda de pé, teve sua construção realizada ao longo de 20 anos por aproximadamente 100 mil homens.
Através de plataformas como o Projeto Gizé da Universidade Harvard, é possível fazer um passeio virtual pelo interior da pirâmide, explorando suas três câmaras principais: a câmara do rei no topo, a câmara da rainha no meio e a câmara subterrânea.
O modelo 3D reconstrói com notável precisão tanto o interior quanto os arredores, apresentando o complexo como teria aparecido no Egito Antigo.
Na Necrópole de Saqqara encontra-se a Pirâmide de Djoser, a primeira pirâmide construída no mundo.
Erguida aproximadamente em 2630 a.C. durante a terceira dinastia, esta estrutura escalonada de 4.700 anos é considerada a mais antiga construção colossal de pedra do Egito.
Projetada pelo arquiteto Imhotep para o faraó Djoser (também conhecido como Nathri Kut), a pirâmide mede 140 metros de comprimento, 118 metros de largura e 60 metros de altura.
O tour virtual permite explorar três áreas principais: a entrada marcada por um corredor com colunas arredondadas, um corredor subterrâneo escavado na rocha e a crípta localizada a 28 metros de profundidade, onde se encontra o túmulo do rei.
Após 14 anos fechada para reformas, a pirâmide foi reaberta para visitação presencial no início de março de 2020.
No Vale dos Reis, em Luxor, encontra-se a tumba do faraó Ramsés VI, considerada uma das mais belas de todo o Egito.
Conhecida como KV9, esta estrutura subterrânea de 104 metros de extensão apresenta paredes adornadas com pinturas e relevos extremamente bem preservados.
Originalmente construída para Ramsés V entre 1142 e 1135 a.C., foi posteriormente tomada e expandida por seu tio, Ramsés VI.
O passeio virtual 3D, desenvolvido pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, permite contemplar as artes e textos funerários nas paredes e tetos, incluindo o Livro dos Portões, o Livro das Cavernas, Amduat e o Livro dos Mortos.
Particularmente impressionante é o teto da câmara funerária, dedicado à Nut, deusa egípcia considerada "A Mãe dos Céus", retratada com um disco solar que simboliza o pôr do sol.
Curiosamente, foi graças à construção desta tumba que o túmulo de Tutancâmon permaneceu escondido até 1922, pois as cabanas dos trabalhadores que construíram a tumba de Ramsés VI cobriam a escadaria que levava à tumba do famoso faraó.
As tumbas egípcias antigas, com suas paredes ricamente decoradas, oferecem um vislumbre fascinante sobre crenças funerárias e costumes de uma civilização que prosperou há milênios.
Graças a iniciativas digitais do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, agora é possível explorar estes tesouros arqueológicos sem sair de casa.
A tumba da Rainha Meresankh III, neta do faraó Quéops e esposa de Quéfren, impressiona por sua preservação extraordinária.
Localizada no Cemitério Oriental de Gizé, esta mastaba da IV Dinastia contém cenas de parede primorosamente esculpidas e pintadas da rainha e sua família real.
Um detalhe particularmente notável são as dez estátuas de mulheres esculpidas na parede norte, algo incomum na sociedade patriarcal egípcia antiga.
Descoberta em 1927 por arqueólogos da Universidade Harvard, a tumba permaneceu fechada ao público até recentemente. Atualmente, o tour virtual proporciona uma experiência imersiva através da modelagem 3D do Projeto Gizé.
No complexo arqueológico de Saqqara encontra-se a tumba de Mehu, um alto dignitário da VI Dinastia que serviu como vizir durante o reinado de Teti.
Considerada uma das mais belas do Egito, seus relevos preservam cores vibrantes que resistiram à passagem dos milênios. Embora descoberta em 1940 pelo arqueólogo Zaki Saad, foi aberta ao público apenas em 2018.
O passeio virtual permite apreciar detalhes impressionantes, especialmente a estela de falsa porta, famosa por seu excelente estado de conservação.
Também em Saqqara está a tumba do sacerdote Wahti, datada do reinado de Neferirkare (cerca de 2446-2438 a.C.).
Aberta apenas em 2018, este tesouro arqueológico apresenta corredores e câmaras ornamentados com hieróglifos e murais vibrantes retratando cenas da mitologia e vida cotidiana egípcia.
O tour virtual revela a impressionante arquitetura com tetos baixos e trabalho preciso em pedra, característicos das construções egípcias antigas.
A tumba de Menna, localizada na necrópole tebana em Luxor, é conhecida por suas pinturas coloridas e notavelmente bem preservadas.
Datada da XVIII Dinastia (1550-1295 a.C.), pertenceu a um escriba e supervisor de campos do faraó e do templo de Amun-Re.
Particularmente notável é a cena do "Julgamento Final" onde Osíris pesa o coração do falecido contra a Pluma da Verdade – uma das primeiras representações desta cena em uma tumba privada tebana.
O passeio virtual permite explorar cada detalhe das pinturas que retratam a vida cotidiana e crenças do Egito Antigo.
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Além das pirâmides e tumbas, o patrimônio cultural do Egito inclui museus e templos impressionantes que também podem ser explorados virtualmente.
Essas instituições preservam artefatos e estruturas que contam histórias fascinantes sobre a religião e a arte egípcia ao longo dos séculos.
O Museu Copta, localizado na região do Cairo Copta atrás das muralhas da famosa fortaleza romana da Babilônia, abriga a maior coleção de artefatos cristãos egípcios do mundo.
Fundado em 1908 por Marcus Simaika, o museu foi construído para preencher uma lacuna na história egípcia, reunindo aproximadamente 16.000 peças de antiguidades coptas de grande importância.
A ala antiga do museu é uma obra-prima arquitetônica com salas espaçosas que exibem mobiliário de madeira e portas incrustadas, incluindo uma notável porta de madeira de sicômoro com ícones da Igreja de Santa Bárbara.
Criado em 1906, o Museu dos Animais do Jardim Zoológico de Gizé contém uma extensa coleção de múmias, esqueletos e couro da maioria dos animais selvagens, pássaros e répteis.
Este museu desempenha um papel fundamental na educação de estudantes, servindo como referência científica em taxonomia. O tour virtual permite explorar essa coleção única que ilustra a diversidade da fauna egípcia.
Situada no Cairo Antigo, esta estrutura foi originalmente uma escola religiosa nos tempos medievais do Egito.
Construída no final do século XIV pelo sultão al-Zahir Barquq, quando Cairo era o centro comercial entre Oriente e Ocidente, o complexo inclui uma mesquita, uma madrassa (escola), um mausoléu e um khanqah.
A visita virtual captura detalhadamente a deslumbrante arquitetura islâmica, com suas portas ornamentadas e espaços internos meticulosamente decorados.
Localizado em Sohag, às margens do rio Nilo, o Monastério Vermelho (também conhecido como Monastério de Pishay) recebeu este nome devido à cor dos tijolos queimados utilizados em sua construção no século IV.
Aproximadamente 80% deste mosteiro ortodoxo copta está coberto por pinturas antigas que adornam paredes, colunas, frontões, absides e nichos, tornando-o uma das igrejas históricas mais importantes de todo o Egito.
O tour virtual permite apreciar essa rica decoração e arquitetura religiosa sem sair de casa.
Para enriquecer sua jornada virtual pelo Egito, diversas ferramentas tecnológicas foram desenvolvidas nos últimos anos, proporcionando experiências cada vez mais realistas e educativas.
Estas inovações permitem que o visitante virtual tenha uma perspectiva única dos monumentos milenares.
Iniciado em 2011, o Projeto Gizé da Universidade Harvard reconstruiu digitalmente a Grande Pirâmide de Quéops e seus arredores, exatamente como devem ter aparecido no Egito Antigo.
Este ambiente virtual, conhecido como Gizé 3D, utiliza dados arqueológicos coletados por diversas instituições internacionais para criar modelos tridimensionais precisos.
Através do site do projeto, os visitantes podem explorar não apenas a Grande Esfinge, mas também o interior da Pirâmide de Gizé e diversos túmulos da realeza egípcia.
Uma das principais motivações desta iniciativa é democratizar o acesso ao conhecimento, tornando o estudo da civilização egípcia acessível para estudantes de todo o mundo.
O aplicativo Around Egypt oferece uma experiência imersiva pelos principais pontos turísticos do Egito em formato 360°. Disponível para dispositivos iOS, Android e Oculus, o app permite explorar:
Mais de 30 locais turísticos diferentes, incluindo museus, templos e pirâmides
Fotos e vídeos em 360° com descrições verificadas de cada atração
Filtros por cidades, eras históricas e outras categorias
Informações práticas como preços e localizações
Apresentado em mais de 20 revistas e jornais, o Around Egypt funciona tanto como experiência standalone quanto com headsets de realidade virtual, abrangendo desde o Cairo e Alexandria até Luxor e Assuão.
A experiência com óculos de realidade virtual potencializa significativamente os passeios virtuais pelo Egito. Para aproveitar ao máximo, recomenda-se utilizar headsets Oculus ou mesmo cardboards simples, que transformam completamente a percepção dos monumentos históricos.
A sensação de presença é amplificada ao usar dispositivos que permitem "sentir" os objetos através de luvas com impressão de tato, tecnologia desenvolvida por pesquisadores para proporcionar uma imersão completa.
Ademais, ao utilizar VR, é importante configurar adequadamente o ambiente físico, removendo obstáculos e garantindo espaço suficiente para movimentação, principalmente ao explorar interiores de pirâmides e tumbas estreitas.
Não perca essa chance única: visite as pirâmides do Egito virtualmente!
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