Conhecida como a “pérola do Nilo”, Aswan encanta com paisagens deslumbrantes e rica cultura núbia. Localizada a 895 km do Cairo, a cidade é ponto estratégico no Vale do Nilo e abriga atrações como o Templo de Philae, Abu Simbel e o Museu Núbio, com mais de 3.000 artefatos.
Ideal para visitar no inverno, Aswan oferece experiências autênticas, como passeios de felucca, banho no Nilo e o intrigante Obelisco Inacabado.
Os templos milenares ao longo do Nilo revelam a grandeza da civilização egípcia antiga e constituem paradas obrigatórias para quem visita a região de Aswan.
Estas estruturas monumentais não são apenas maravilhas arquitetônicas, mas também testemunhas silenciosas de uma história que atravessou milênios.
Dedicado à deusa Ísis, o Templo de Philae destaca-se como um dos mais memoráveis do Egito. Originalmente localizado na ilha de Philae, foi completamente transferido para a ilha Agilika após a construção da barragem de Aswan, que ameaçava submergir este tesouro histórico.
O templo foi finalizado por volta de 690 a.C. e é considerado por muitos como o último construído no clássico estilo egípcio.
A mitologia egípcia ganha vida em suas paredes, onde está esculpida a lenda de Osíris, assassinado por seu irmão Set, e de Ísis que buscou desesperadamente reunir as partes do corpo do marido.
Além disso, o templo oferece um espetáculo noturno com show de luzes e sons que encanta os visitantes, enquanto atores encenam os papéis de Ísis e Osíris.
Este colosso esculpido na rocha é o mais famoso templo do Egito depois das Pirâmides de Gizé. Construído por Ramsés II, Abu Simbel impressiona com suas quatro estátuas gigantes de 20 metros na fachada, representando o faraó sentado em seu trono.
Em 1959, uma operação internacional sem precedentes foi iniciada para salvar o templo das águas do lago Nasser.
O complexo foi cuidadosamente desmontado em 1.035 blocos de 20 a 30 toneladas cada e reconstruído 64 metros acima de sua localização original. O projeto custou 36 milhões de dólares na época e envolveu mais de 50 países.
O templo possui um alinhamento solar notável: duas vezes por ano, em 22 de fevereiro e 22 de outubro (datas do aniversário e coroação de Ramsés II), o sol nasce e ilumina o corredor até o santuário, onde três das quatro estátuas são iluminadas.
Embora menos visitado, o Templo de Kalabsha é considerado um dos melhores exemplos da arquitetura egípcia na Núbia. Construído durante o reinado do imperador Augusto (30 a.C.) sobre um antigo santuário de Amenófis II, foi dedicado a Mandúlis, um deus solar núbio.
Com 76 metros de comprimento e 22 metros de largura, este templo apresenta relevos refinados e registros históricos fascinantes, como uma inscrição do século III que proíbe a entrada de porcos no templo.
Quando o cristianismo foi introduzido no Egito, o templo foi transformado em igreja.
Assim como seus irmãos mais famosos, Kalabsha também foi realocado após a construção da represa de Aswan num processo que levou mais de dois anos.
Era o maior templo independente da Núbia egípcia (depois de Abu Simbel) a ser movido e reconstruído em um novo local.
Para além dos grandiosos monumentos, Aswan esconde tesouros menos conhecidos que revelam aspectos fascinantes da vida e história egípcia antiga.
Estes locais, embora menos visitados, oferecem experiências autênticas e vistas deslumbrantes do Nilo.
No meio do Nilo encontra-se a Ilha Elefantina, antiga cidade egípcia de Abu. Com 1.500 metros de comprimento e 500 metros de largura, este local histórico abrigava um templo dedicado à deusa Satet já em 3.200 a.C. A ilha também era conhecida como morada de Khnum, o deus com cabeça de carneiro que controlava as águas do Nilo.
Por volta de 3.500 anos atrás, Elefantina tornou-se um forte marcando a fronteira sul do Egito. Hoje, além das ruínas arqueológicas, o local preserva um nilômetro antigo usado para medir os níveis do rio e prever colheitas.
As pequenas aldeias núbias com casas coloridas completam a paisagem, oferecendo aos visitantes um vislumbre desta rica cultura.
Na margem ocidental do Nilo, Qubbet el Hawa (ou "Domo do Vento") abriga aproximadamente 85 tumbas de nobres e funcionários egípcios esculpidas no paredão rochoso.
Esta necrópole abrange períodos do Império Antigo, Médio e Novo, sendo ainda um local de escavações ativas.
Entre as tumbas mais famosas estão as de Harkhuf, Sarenput II e Sabni. A subida até o topo pode ser desafiadora, mas recompensa os visitantes com uma das vistas mais impressionantes de Aswan.
No cume encontra-se o mausoléu de um xeque islâmico, com sua distintiva cúpula branca.
Também conhecido como "Casa do Homem Santo", este pequeno templo foi o primeiro construído por Ramsés II na região da Núbia.
Totalmente esculpido na rocha, Beit El-Wali foi dedicado a Amon-Ra e posteriormente relocado para perto do Templo de Kalabsha durante a construção da represa.
O que torna este templo especial são seus relevos coloridos internos que mostram cenas militares de Ramsés II em batalha contra líbios e núbios.
Nas paredes também estão representados seus filhos, Amenerquepexefe e Caemuasete, além de cenas de oferendas e rituais religiosos.
A tradição milenar dos núbios manifesta-se nas cores vibrantes que adornam cada espaço em Aswan.
Este povo, cuja origem remonta à África e ao Sudão, estabeleceu-se no sul do Egito para cultivar as terras férteis às margens do Nilo, desenvolvendo uma identidade cultural única que sobrevive até hoje.
Na ilha preservada de Gharb Soheil, conhecida localmente como "Nubba", as casas pintadas com tons intensos de azul, amarelo, verde e rosa formam um espetáculo visual deslumbrante.
Cada residência possui cor e design distintos, decorados com formas geométricas significativas: o triângulo verde representa a terra, o amarelo simboliza o sol, enquanto os azuis retratam o céu e o Nilo.
Um elemento marcante na vila são os crocodilos, considerados amuletos contra o mau-olhado. Os moradores mumificam estes répteis, mantendo-os pendurados sobre as portas das casas como proteção espiritual. Alguns chegam a criá-los em jaulas para visitantes fotografarem, preservando uma tradição que remonta ao deus Sobek da mitologia egípcia.
Inaugurado em 1997, o Museu Núbio preserva a cultura que foi severamente impactada pela construção da Barragem de Aswan.
Com uma coleção de aproximadamente 3.000 artefatos, o espaço documenta 6.500 anos de história, incluindo objetos do Reino de Kush à cultura contemporânea.
O acervo inclui peças resgatadas das áreas inundadas pelo Lago Nasser e exibe uma cronologia completa que vai desde ferramentas do Período Paleolítico até objetos das eras cristã e islâmica.
Entre os itens mais impressionantes estão estátuas de faraós núbios da 25ª Dinastia, como Taharqa, quando governantes núbios unificaram Egito e Núbia.
Na Ilha Elefantina, o pequeno museu Animalia oferece uma experiência autêntica sobre a vida núbia. Dividido em três partes – a Casa Núbia, o Museu e o terraço – o espaço exibe objetos do cotidiano como jarros d'água, fornos de barro e moinhos manuais.
No museu, encontram-se espécimes mumificados da fauna local, além de crocodilos vivos mantidos segundo a tradição. As paredes contam a história moderna da Núbia, incluindo a inundação pelo Lago Nasser e o reassentamento em Kom Ombo.
No terraço, os visitantes podem desfrutar de chá ou café enquanto contemplam uma vista panorâmica do Nilo. Para uma experiência gastronômica completa, é possível encomendar com antecedência um almoço tradicional núbio por 50 libras egípcias por pessoa.
Além dos monumentos históricos, Aswan reserva experiências autênticas que encantam quem busca conexões mais profundas com a cultura local. Estas atividades, distantes do turismo convencional, revelam um lado diferente sobre o que fazer em Aswan.
As feluccas, embarcações tradicionais egípcias com velas triangulares, oferecem uma das mais memoráveis experiências em Aswan.
Durante o entardecer, estas embarcações deslizam silenciosamente pelo Nilo, proporcionando vistas espetaculares das margens do rio, das ilhas verdejantes e das dunas douradas.
O passeio contorna a Ilha Elefantina e passa pelo Jardim Botânico, percorrendo aproximadamente 6 km. Muitos barqueiros permitem que os passageiros subam no teto do barco para apreciar o pôr do sol em uma perspectiva privilegiada.
Na rota para a Vila Núbia, os passeios de barco frequentemente fazem uma parada para um refrescante banho no Nilo. Com grandes dunas de areia como pano de fundo, esta experiência conecta os visitantes com o rio que sustentou a civilização egípcia por milênios.
Após o banho, muitos seguem para a Vila Núbia montados em camelos, completando a jornada de forma autêntica.
Localizado nas pedreiras de granito rosa ao norte de Aswan, o Obelisco Inacabado impressiona por suas dimensões colossais.
Com quase 42 metros, seria o mais alto do mundo se tivesse sido completado. Pesando aproximadamente 1.200 toneladas, este gigante adormecido foi abandonado quando rachaduras apareceram na rocha durante sua construção.
Acredita-se que tenha sido encomendado pela rainha Hatshepsut durante a 18ª dinastia. Hoje, o sítio funciona como um museu a céu aberto, revelando as técnicas de construção dos antigos egípcios.
Na ilha de Kitchener, encontra-se um exuberante jardim botânico com plantas dos cinco continentes.
Criado pelo Lord Horatio Kitchener no final do século XIX, o espaço abriga palmeiras raras como a palmeira real, a Sabal e a Phonic. A ilha, que possui formato de navio com 150m de largura por 700m de comprimento, é acessada por feluccas e oferece caminhos que formam um "tabuleiro de xadrez" com 27 quadrados.
O mercado de Aswan estende-se por quase 2 quilômetros perto da estação ferroviária. Recentemente coberto com telhados de madeira abertos, o souk funciona até uma hora da manhã devido ao calor diurno. Entre as especialidades locais estão o famoso chá de hibisco (karkade), especiarias aromáticas e artesanato núbio.
As lojas oferecem desde objetos africanos em madeira até incenso sudanês, considerado entre os melhores do mundo. A negociação de preços faz parte da experiência, sendo possível conseguir excelentes descontos.
Aswan é um tesouro pouco explorado do Egito, onde história antiga e cultura núbia convivem às margens do Nilo. Templos como Philae e Abu Simbel mostram o engenho egípcio e os esforços modernos de preservação.
Ilhas verdejantes, tumbas escondidas e vilas coloridas oferecem contrastes únicos. Passeios de felucca, banhos no Nilo e o legado núbio tornam a experiência autêntica e inesquecível. Conhecer Aswan vai além dos monumentos — é viver sua essência nos detalhes do dia a dia.
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